O valor do aluguel de imóveis guarda, de certa
forma, relação com a inflação no curto prazo e com a taxa básica de juros da
economia, a Selic, no longo prazo.
Em regra, os contratos de aluguel são reajustados
anualmente pelo índice geral de preços do mercado (IGP-M), que nada mais é que
um índice de inflação. Logo, se a inflação aumenta, o valor dos contratos de
aluguel, igualmente, aumenta. No entanto, se os valores ficarem muito acima dos
novos contratos ou muito abaixo, os contratos tendem a ser rompidos pelos
locatários ou proprietários.
Do mesmo modo, porém de forma implícita, a elevação
da taxa de juros também pressiona o valor do aluguel para cima, pois os
proprietários de imóveis passam a balizar a tomada de decisão de alugar
considerando a possibilidade de vender e aplicar os recursos no mercado
financeiro com uma remuneração mais atraente. O famoso conceito econômico
denominado de "custo de oportunidade".
Todavia, essas relações não são tão simples, pois o
valor do aluguel é pactuado entre as partes (proprietário e locatário) e
depende de múltiplas variáveis dinâmicas que interferem na formação do preço.
Por isso, na prática, observamos que a correlação entre valor do aluguel X
Inflação/SELIC não é sempre válida.
Custos de financiamento X inflação/taxa Selic:
Os custos de financiamento estão associados, via de
regra, à Taxa Referencial (TR) ou à Selic. A TR não possui total aderência à
inflação. Todavia, os financiamentos indexados a Selic evidentemente mudam com
a oscilação dela, sofrendo impacto da inflação, já que o governo aumenta a
Selic para conter a inflação e a abaixa quando a inflação arrefece.
Fonte: Exame
Como a Selic e a inflação afetam aluguéis e financiamentos?
Reviewed by Felipe Cattarinelli
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15:35:00
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